Uma das primeiras coisas que pensamos quando estamos querendo perder peso é que quanto mais intenso o exercício, melhor. De fato, isso pode funcionar na musculação e na prática esportiva. Na caminhada, porém, a história é um pouco diferente.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Milão mostra que exercícios aeróbicos de curta duração e com pausa podem trazer melhores resultados do que atividades longas e sem interrupção.
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Antes de falar sobre o artigo cientifico, vale destacar que essa é apenas uma abordagem. Existem especialistas que recomendam exatamente o contrário.
A verdade é que não há uma resposta única sobre esse tema. Os dois tipos de atividades oferecem benefícios. O ideal é que você consulte um educador físico ou adira à carga que se encaixa melhor na sua rotina. Ruim mesmo é o sedentarismo.
Ponderações feitas, vamos ao estudo.

Como eles chegaram a essa conclusão?
- Os cientistas avaliaram a performance de 10 participantes, sendo 5 homens e 5 mulheres, com média de 27 anos de idade.
- Cada um deles subiu escadas durante 10, 30, 60, 90 e 240 segundos.
- Na sequência, repetiram o processo, mas na esteira.
- O consumo de oxigênio foi medido antes, durante e depois do exercício para avaliar a quantidade de energia gasta.
- A análise mostrou que a captação média de oxigênio e o custo metabólico são maiores em sessões mais curtas de caminhada.
- Mas maiores quanto?
- Nas atividades de 30 segundos, o consumo de oxigênio foi de 20% a 60% acima do registrado em intervalores maiores.

Por que isso acontece?
A hipótese dos cientistas é que o corpo gasta mais energia para iniciar e parar o exercício do que para manter um ritmo constante. E nas caminhadas longas, o corpo acaba se adaptando à atividade, reduzindo o consumo de oxigênio.
Ou seja, apesar de serem mais curtos, esses intervalos de caminhada aumentaram significativamente o gasto metabólico.
Os próprios pesquisadores sugerem que essa modalidade de exercícios de curta duração pode ser extremamente funcional em tratamentos e na reabilitação de diversas condições clínicas, como derrame e obesidade. Ou ainda para pessoas inexperientes que desejam iniciar uma rotina mais saudável.
“Compreender o custo de sessões curtas é crucial para personalizar programas de exercícios, especialmente para pessoas com baixa aptidão aeróbica e maior tempo para atingir um estado metabólico estável”, escreveram os especialistas.

Você pode ler o artigo na íntegra na revista Proceedings of the Royal Society B.
Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 19/10/2024.
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